terça-feira, 19 de maio de 2015

Para a medicina chinesa, cada alimento tem uma energia, capaz de gerar harmonia e até curar doenças


Para a medicina chinesa, cada alimento tem uma energia, capaz de gerar harmonia e até curar doenças
Quando se fala em medicina tradicional chinesa, as pessoas logo pensam em acupuntura. Pouca gente sabe que a prática também inclui cuidados com a alimentação. Na dietoterapia chinesa, no entanto, os valores nutricionais saem de cena para dar lugar ao aspecto energético de cada alimento.
"Essa terapia propõe uma reeducação alimentar a partir de uma avaliação energética que leva em conta a rotina, a alimentação e os problemas de saúde que a pessoa apresenta".

De acordo com a dietoterapia chinesa, cada alimento tem uma energia, capaz de gerar harmonia, desintoxicar e até curar problemas do organismo.

Sabor e temperatura

Além de levar em consideração a direção energética dos alimentos, a dietoterapia chinesa reforça a importância dos sabores, que teriam uma função que vai além do paladar. Eles são divididos em: picante, doce, salgado, amargo e ácido. "Cada um dos cinco sabores provoca uma reação diferente no organismo". 

Alimentos picantes, como gengibre, pimenta, alho e agrião, mobilizam a energia do pulmão e provocam a transpiração, além de ajudarem a espantar a tristeza. "Os alimentos naturalmente doces, como mel e beterraba, trazem uma sensação de conforto e harmonização. Contudo, em excesso, podem gerar preguiça". 

Os salgados intensificam a energia dos rins, enquanto o sabor amargo, como o café, é bom para a saúde do coração. Para expelir toxinas, os alimentos ácidos, como abacaxi e limão, são os mais indicados.

Para a medicina tradicional chinesa, a temperatura dos alimentos também tem seu papel no equilíbrio corporal. Pessoas que sentem muito frio devem ingerir alimentos de natureza quente ou morna, como gengibre e canela, e condimentos naturais, como curry e alho, para reestabelecer a estabilidade.

"A hortelã, que é um alimento frio, é bom para inflamações e para pessoas que sentem muito calor, como mulheres na menopausa". 
Outra característica interessante da prática é a atenção aos horários das refeições. A dietoterapia chinesa defende que a cada duas horas um dos órgãos do corpo tem seu ápice de desempenho, por isso a alimentação deve seguir esse ciclo de energia. Segundo a terapeuta, ingerir certos alimentos fora do horário de plenitude de energia desequilibra as funções de outros órgãos, por se tratar de um sistema integrado.

Resultados

A dietoterapia chinesa é indicada para pessoas de todas as idades, mas antes é preciso uma avaliação energética individual. "É feita uma avaliação na qual investigamos a alimentação, a rotina e os problemas de saúde que a pessoa apresenta. A partir disso, indicamos quais alimentos devem ser consumidos e em quais momentos do dia, para que isso beneficie o corpo adequadamente". 

Embora o objetivo não seja emagrecer, as pessoas acabam perdendo peso por causa da reeducação alimentar e do equilíbrio energético promovido pela dieta.

ALGUMAS EMOÇÕES ESTÃO RELACIONADAS ÀS FUNÇÕES ORGÂNICAS


A interação das emoções com o corpo físico é um aspecto essencial na medicina tradicional chinesa. As sete emoções básicas relacionadas às funções orgânicas são raiva, alegria, preocupação, pensamento obsessivo, tristeza, medo e choque (pavor).

Cada órgão corresponde a uma emoção e o desequilíbrio dessa emoção pode afetar a função do órgão. Por exemplo:

raiva está associada ao fígado. Numa visão mais a longo prazo, a raiva ou frustração reprimida normalmente causa a estagnação da energia vital (qi) e isso pode resultar em depressão ou desordens menstruais.

A emoção da alegria está ligada ao coração. O desequilíbrio surge quando entusiasmo ou estímulos excessivos ocorrem ou boas notícias súbitas chegam como um choque para o sistema.

preocupação, uma emoção muito comum em nossa sociedade repleta de estresses, pode esgotar a energia do baço. Isso pode causar distúrbios digestivos e acabar levando à fadiga crônica.

Pensar excessivamente ou obsessivamente sobre um assunto também pode esgotar o baço, o que causa a sua estagnação. Uma pessoa com essa condição pode exibir sintomas como falta de apetite, esquecimento de se alimentar, e inchaço após comer. Eventualmente, isso pode afetar o coração, fazendo a pessoa sonhar com os mesmos assuntos à noite.

tristeza ou pesar afeta os pulmões, produzindo fadiga, falta de ar, choro ou depressão.

choque é especialmente debilitante para os rins e o coração. A reação "lutar ou fugir" causa uma liberação excessiva de adrenalina das glândulas adrenais ou supra-renais, que se localizam sobre os rins. Isso faz o coração responder com palpitações, ansiedade e insônia. O estresse crônico oriundo do choque pode ser muito debilitante para o sistema inteiro, causando uma ampla gama de problemas.

A emoção do medo está relacionada com os rins. Essa ligação pode ser prontamente percebida quando o medo extremo faz uma pessoa urinar incontrolavelmente. Nas crianças isso também se manifesta quando elas urinam na cama, o que os psicólogos associaram com insegurança e ansiedade.

Terapêutica a  Andrea Maciel Arantes
Fonte de informações Google

Namastê 

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