sexta-feira, 4 de setembro de 2015

HIPÓFISE - METAFÍSICA DA SAÚDE - Centro da imaginação e senso de realidade.



HIPÓFISE - METAFÍSICA DA SAÚDE
Centro da imaginação e senso de realidade.

Também chamada de glândula pituitária, a hipófise é uma massa de tecido arredondado, com cerca de 1 em de diâmetro. Está localizada na parte central da base do crânio, na região denominada hipotálamo, e encontra,se fixada a ele por uma estrutura em forma de haste. É formada de duas partes, ou lobos, anterior e posterior, sendo completamente separa' das entre si, com origens e funções diferentes.

A hipófise anterior é chamada de adenoipófise. Ela secreta hormônio de grande importância para o conjunto das glândulas endócrinas, atuando sobre o desenvolvimento e funcionamento normal do organismo. A hipófise posterior (neuroipófise) apenas armazena os hormônios produzidos pelo hipotálamo.

Os hormônios da hipófise regulam várias atividades corporais, regendo uma espécie de sinfonia biológica. Apelida, da de "glândula mestra", suas funções são extremamente importantes para as demais glândulas do corpo, exceto a pineal. Metafisicamente, a reação do indivíduo ao que acontece ao redor mobiliza os mecanismos corporais, definindo as condições orgânicas.

Mediante uma queda de temperatura, por exemplo, se ficarmos prostrados, contraímos a musculatura, causando tremor. Por outro lado, se reagirmos ao frio sem nos deixar abater por ele, daremos condições ao corpo para produzir calor, amenizando a friagem do ambiente.

Os pensamentos induzem o sentimento. Nosso ponto de vista acerca de uma situação fará sentirmos algo a respeito daquilo que se passa ao redor. Esse estado interior estimula a liberação dos hormônios reguladores do organismo, predispondo-o a uma condição compatível com aquilo que estamos sentindo.

Os sentimentos podem ser desencadeados tanto por uma questão real quanto imaginária. Desse modo, nossa mente tem capacidade de criar estados corporais de acordo com a maneira que interpretamos aquilo que nos acontece.

Quando imaginamos uma situação de perigo, por exemplo, e ficamos pensando nos detalhes daquele suposto risco, passamos a nos sentir ameaçados. Conseqüentemente, os níveis de adrenalina no sangue aumentam, provocando tensão muscular e inúmeros outros sintomas físicos que caracterizam um estado de alerta a um perigo que só existe em nossa imaginação.

A imaginação é baseada nos elementos que foram aprendidos em algum momento da vida. Ela é acionada por alguns fatores da realidade presente, mas seus elementos não consistem exatamente naquilo que está se processando ao redor. É uma forma de desviar nossa atenção para algo que vai além das situações momentâneas.

A falta de estímulos externos figura entre os principais fatores que provocam a imaginação. Um bom relato disso é o ditado popular "Quando o corpo pára, a mente dispara". Não ter o que fazer induz-nos a criar uma série de situações imaginárias para compensar o marasmo das situações que nos rodeiam.

Passamos longo tempo prostrados, imaginando uma série de eventos, que se passam como um filme em nossa mente., Nesse caso, a imaginação puramente passiva funciona como uma espécie de distração mental. Imersos no mundo da imaginação, atuamos pouco no ambiente à nossa volta. O tempo passa e a realidade não muda, tampouco fazemos algo para alterá-la.

As imaginações infrutíferas criam mentalmente uma situação que não existe. É uma viagem que, em geral, sabota nosso poder de realização, comprometendo a capacidade de interagir com a vida material.

Existe também outro fator desencadeador da imaginação, que são as tensões e frustrações impostas pela realidade de vida. As frustrações embalam-nos ao mundo da fantasia, objetivando amenizar as aflições causadas pelos insucessos.

A tensão gerada por uma situação inusitada, como uma entrevista de emprego, só é amenizada pela imaginação, que distrai a pessoa com diversas suposições. A pessoa imagina, por exemplo, ser recebida ou entrevistada por alguém conhecido; quem sabe até lá esteja um colega de faculdade, ocupando uma posição de destaque naquela empresa. Suposições como essas deixam a pessoa mais relaxada e predisposta a ser bem-sucedida na entrevista. Esse é um modelo do bom uso da imaginação.

Seguindo o exemplo anterior, se a pessoa ficar imaginando que irão exigir muito dela, que já foram entrevistados outros mais bem preparados que ela para ocupar aquela vaga, reduzindo sua chance de contratação, isso irá provocar medo, desânimo, aumentando a chance de fracassar. Esses são casos típicos do mau uso da imaginação.

Como vimos, a imaginação pode ser positiva ou negativa, dependendo da maneira como cada um costuma usá-la. Se for bem dirigida, irá amenizar as aflições e suavizar os estados apreensivos; o mau uso piora o nervosismo, agravando as preocupações.
Imaginar situações ruins é mais comum, visto que a mente é extremamente influenciada pela negatividade. Os acontecimentos ruins causam maior impressão sobre ela do que os eventos bons. Por isso, temos a tendência de imaginar sempre o pior.

No âmbito energético, a hipófise desempenha funções semelhantes a uma estação transformadora das energias captadas do ambiente, que são mescladas com os conteúdos internos e submetidas à avaliação do ser. Esta última função equivale à atuação energética da pineal.

Enquanto a glândula pineal tem função semelhante a uma espécie de antena que capta as energias provenientes da própria alma, a hipófise mescla essa força interior com as influências do meio externo.

Metafisicamente, a função da hipófise consiste numa espécie de gerenciamento das forças internas do ser com as condições do meio externo, basicamente permitindo nossa existência no mundo físico. O universo consciente representa o reduto de ação dessa glândula; ela se utiliza de nossos atributos interiores, como a imaginação, as crenças e os valores que irão formar uma espécie de força motriz para as funções da hipófise.

Quando vamos realizar algo na vida, esse impulso parte de nós, em direção ao ambiente. Originariamente, essa vontade representa uma condição soberana do ser, porém ela será submetida a uma espécie de avaliação por parte de nossos registros mentais, que são compostos por aquilo que já vivenciamos ou aprendemos com as experiências da vida, estabelecendo as crenças que impedirão a manifestação das vontades.

Os valores internos regem nossa condição emocional, plasmando no corpo tudo aquilo em que acreditamos. Esse processo não se limita ao corpo, estendendo-se também ao ambiente.

À medida que adotamos uma postura na vida, emana mos forças energéticas no sentido de atrair para nós aquilo que foi estabelecido como verdadeiro. Essa condição interna mobiliza o poder de atração, estabelecendo à nossa volta situações compatíveis com aquilo em que acreditamos.

Nesse sentido, a hipófise representa uma espécie de centro de força, capaz de plasmar no meio externo os conteúdos interiores, e aquilo que imaginamos com freqüência poderá se tornar uma realidade concreta.

A realidade na qual vivemos é composta por aquilo em que acreditamos e é cercada por elementos que negamos existir em nosso interior. Aquilo que é rejeitado por nós será transferido para o ambiente, proporcionando um contato inevitável com aquelas situações que não foram trabalhadas interiormente, simplesmente desprezadas.

Isso ocorre porque tentamos seguir um modelo de vida que não corresponde à nossa natureza íntima. Entretanto, insistimos em manter uma condição que não é compatível com nossos reais sentimentos, gerando um conflito interior entre aquilo que sentimos e aquilo que queremos. Esse conflito também é transferido para fora, contagiando negativamente a realidade em que vivemos, fazendo surgir uma série de situações desagradáveis para serem normalizadas por nós.

Paralelo à atuação no meio externo, ocorre uma transformação no mundo interno. Enquanto resolvemos as complicações existenciais, apaziguamos as turbulências emocionais geradas pela desarmonia interior.

Para compreender melhor esse processo, tomemos como exemplo nossa necessidade de provar aos outros que somos uma boa pessoa. Passamos a fazer tudo que nos pedem, mesmo que esses favores nos agridam.

Preocupar-se demasiadamente com os outros nos faz ser negligentes para com nossas próprias necessidades. Esses impulsos de negação sufocados podem manifestar-se em forma de temor pela violência.

Tal comportamento atrai as situações de risco, pois a violência, que não admitimos existir em nós, revela-se no meio em que vivemos. Assim sendo, a realidade de cada um é fruto daquilo que foi cultivado em seu interior.

Para alterarmos alguns fatores desagradáveis de nossa existência, não adianta fugir deles, acionando os mecanismos imaginários, mas sim encará-los de frente.

A transformação interior caminha com a realização no meio exterior. À medida que atuamos na vida, desenvolvemos nossos atributos e nos aprimoramos.

Não dar tanta importância às situações desagradáveis representa um excelente recurso para superar os conflitos existenciais. É bom não fugir, tampouco ato lar na confusão, porque isso tumultuaria ainda mais as coisas, agravando as situações nocivas.

Evite ficar ruminando mentalmente as situações que não lhe fazem bem, porque isso canaliza as energias, potencializando o que é ruim. Não se ater à negatividade representa uma atitude preventiva, no sentido de evitar ser afetado por tais episódios. Por outro lado, o desejo excessivo pelos bons resultados interfere negativamente na realidade, dificultando o acesso àquilo que é agradável. Ficar extremamente ansioso pela ordem e harmonia dificultará a implantação dessa condição existencial. Naturalmente, tudo se estabiliza e a ordem sempre reina; basta ser atuante na realidade e determinado àquilo que se propõe fazer, que, com o tempo, tudo irá se normalizar, reinando a paz e a harmonia na vida.
Para melhorar a condição de vida, você precisa aprimorar a atuação na realidade e não exagerar nem ser omisso aos desafios que a vida oferece. Além disso, precisa viver com qualidade e grande intensidade.

O bom humor é um estado interior extremamente saudável para o bem viver, influenciando positivamente as funções da hipófise. Ser bem-humorado é imaginar sempre perspectivas favoráveis para a solução das complicações externas.

Isso evitará que você implante em seu interior as turbulências existentes no meio exterior. Não se deixe contagiar pela negatividade; ela planta em você o pessimismo. Cultive a paz profunda, permanecendo inabalável na certeza dos bons resultados. 

Até aqui compreendemos a importância da condição intema como fator de terminante para o bem-estar geral. Mas as condições do meio, além de refletir nosso; estado interior, também nos influenciam. Isso ocorre em nível emocional e até físico.

Prova disso é a extraordinária capacidade fisiológica de adaptação ao ambiente, adequando-se às diferentes condições do meio. As situações externas contagiam-nos, despertando nossos conteúdos internos, que são fatores determinantes sobre o estado corporal, causando desde uma simples variação hormonal até algumas características estéticas e fisiológicas estampadas no corpo por meio de vários processos orgânicos.
Metafisicamente, a carga genética não é o único fator responsável pelas características do corpo. Há dois aspectos relativamente importantes na vida em grupo. Um deles é o contato visual com os traços fisionômicos; o outro é adotar semelhantes atitudes. Isso influencia não somente no estereótipo, mas também na formação corporal, como a própria fisionomia.
Um exemplo disso é o dos filhos adotivos. Eles não trazem a mesma carga genética da família que o adotou, mas geralmente apresentam algumas semelhanças físicas. A constante convivência, bem como a adequação aos costumes daquela família, os faz ter praticamente as mesmas condutas, desenvolvendo um estereótipo parecido. 

Conseqüentemente, adquirem características corporais semelhantes às daqueles que os cercam.

Isso acontece também entre alguns casais. Depois de muita, convivência e devido à grande afinidade entre eles, tornam-se fisicamente parecidos, sem ter nenhuma influência genética.

Portanto, segundo a metafísica, as semelhanças fisiológicas refletem, as mesmas atitudes adotadas pelas pessoas. Por isso, quando não há afinidade entre as pessoas da família, nem os traços fisionômicos são parecidos.

Isso fica evidente na família em que dois irmãos, por exemplo, têm o mesmo costume de se colocar numa conversa e igual desembaraço diante de estranhos. Eles agem de maneira semelhante, e em conseqüência a fisionomia é parecida, como os traços do nariz, por exemplo. Já outros membros da família têm o mesmo jeito de identificar o que acontece ao redor, enxergam as coisas de forma muito parecida; por conta disso, eles têm a mesma cor de olhos.

Assim, portanto, criar os filhos num ambiente organizado, cercado de belezas, como objetos de arte, representa uma influência positiva não somente para a formação emocional, mas também para a constituição corporal deles. Isso, porém, não é tudo. O principal é ensiná-los a proceder de maneira harmoniosa na vida, porque essa conduta irá torná-los, além de belos, pessoas bem-sucedidas.

Uma importante parte já foi feita: estendemos aos filhos a nossa genética. 

Fisiologicamente, eles receberam aquilo que temos de melhor. Falta transferir-lhes os conteúdos emocionais que irão contribuir no desenvolvimento interior, promovendo o amor-próprio, elevando a auto-estima, inibindo o egocentrismo, afugentando os medos e amenizando a ansiedade.

Esses objetivos são alcançados por meio da educação. Vamos criá-los dando a eles uma boa formação emocional, cultivando as ações voltadas para o bem, fortalecendo neles as condutas que expressem dignidade e respeito a si mesmos e aos outros, porque quem se respeita considera o próximo e conseqüentemente é respeitado.

Feito isso, cumprimos nossa parte. Quando adultos, eles irão fazer suas próprias escolhas, e exatamente aí serão determinados os caminhos da vida que vão seguir. O que poderíamos ter feito, já fizemos. Seja o que for, foi o melhor que tínhamos a dar na época. Com a maturidade, cada um determina seu próprio destino, bem como as condições do corpo. Somos os únicos responsáveis pelo estilo de vida, que representa a maior conquista da existência.

O princípio básico de qualquer mudança consiste numa atuação diferenciada na realidade. Transformar as situações desagradáveis é o objetivo de todos nós, porém nem sempre estamos dispostos a lançar mão de alguns caprichos ou abandonar a ociosidade para progredir.

Em síntese, queremos continuar sendo exatamente iguais, esperando que tudo melhore. Para justificar a indisposição às mudanças, atribuímos nossos infortúnios aos outros, colocando-nos como vítimas da formação que recebemos ou da triste realidade que nos assolou.

Lamentavelmente, existem situações ruins que na verdade são obstáculos a serem superados. Para tanto, é necessário muita força, determinação e principalmente, maturidade e responsabilidade.

Não se deixar abater pelos desafios e assumir uma conduta diferenciada são medidas essenciais para alterar o curso da vida. Tudo é possível para aquele que fizer sua parte e promover as mudanças necessárias para o sucesso e realização pessoais. 

Gratidão
Thelma Santos 
Valcapelli - Metafísica da Saúde

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